Eu digo NÃO!

Em defesa da língua portuguesa, o autor deste blogue não adopta o "acordo ortográfico" de 1990 por este ser inconsistente, incongruente e inconstitucional, para além de, comprovadamente, ser causa de crescente iliteracia em publicações oficiais e privadas, na imprensa e na população em geral.


30/07/2014

Obituário


O funeral está marcado para amanhã, quinta-feira, pelas 10:00 horas, encontrando-se o seu corpo em câmara ardente na capela mortuária de Manhente.

Observação: Embora não sendo de Galegos (Santa Maria), o Rui (filho do conhecido Matos, ex-árbitro de futebol) fazia aqui grande parte da sua vida, acabando mesmo por casar com uma conterrânea, por esse motivo se dá destaque a esta triste notícia.

28/07/2014

Evento


Local: Complexo do Santa Maria F.C.
Preços: Geral = 8€
Menores de 16 anos e maiores de 65 anos = 5€

25/07/2014

Galegos em Festa


Galegos (Santa Maria) vai estar em festa este sábado, 26/07/2014.
Local: espaço anexo ao Centro Paroquial.
O dia começa com a Feira Franca, entre as 8:00 e as 12:30 horas.
Às 18.00 horas haverá celebração da eucarístia e depois das 19:00 horas animação a cargo dos diversos grupos e movimentos da freguesia, barraquinhas das associações e porco no espeto, uma oferta da Junta de Freguesia, não faltando insufláveis para as crianças.
Não faltes, a festa também é tua!

19/07/2014

Obituário



O funeral está marcado para amanhã, domingo, pelas 10:30 horas, da sua residência, no Lugar de Souto de Oleiros, onde se encontra em câmara ardente.

18/07/2014

Galegos em Festa - Adiado

Adiado para a próxima semana.

19 de Julho (sábado): 

Feira Franca das 8:00 às 12:30 horas.
Festa tradicional às 20:00 horas com barraquinhas das associações, muita animação e a oferta, por parte da Junta de Freguesia, de churrasco, porco no espeto.


20 de Julho (domingo)
Missa de encerramento às 18:30 horas.
Lanche comunitário pelas 19:30 horas com animação musical da Escola de Violas - "Traz o teu lanche e partilha"

Galegos está em festa!

Galegos em Festa



Hoje, às 21:30 horas, no Centro Social, apresentação do livro "Lagarta sim, Lagarta não" do nosso conterrâneo Sérgio Macedo.
De seguida, teremos Teatro!
Apareçam. Galegos está em Festa!

17/07/2014

Obituário


O funeral está marcado para amanhã, 18/07/2014, pelas 19:00 horas, encontrando-se o seu corpo em câmara ardente na capela mortuária.

Não façam isto!



Local: Loteamento da Devesa.

No loteamento da Devesa foi encontrado este caixote do lixo cheio de materiais resultantes do aparo de árvores privadas.
Relembramos que não é permitida a colocação destas matérias nos caixotes do lixo públicos, tendo como consequência que não seja feita a recolha do lixo desse depósito pela empresa responsável.
Caso tenha dificuldades em eliminar estes resíduos é preferível contactar a Junta de Freguesia que indicará um local adequado para este fim.
Uma freguesia limpa depende de todos.
Obrigado pela atenção,
Junta de Freguesia de Galegos (Santa Maria).

16/07/2014

Convite


Caro Amigo.
Tenho a honra de convidá-lo para a apresentação do meu livro infantil "Lagarta sim, Lagarta não", a realizar no dia 18 de Julho pelas 21:30 horas, no salão paroquial de Galegos (Santa Maria).
Venha celebrar connosco a Festa da Freguesia 2014 e descobrir o "real valor" desta lagarta... de seguida teremos Teatro.
Atenciosamente: Sérgio Macedo

Histórias do barro VII


Domingos Gonçalves Lima nasceu, em Galegos (S. Martinho), a 29 de Agosto de 1921. Cedo foi morar para a freguesia vizinha, Galegos (Santa Maria), no lugar de Santo Amaro.
É um dos barristas mais afamados desta região.
A alcunha “Mistério” deveu-se ao facto de o artesão, enquanto criança ser tão delicado, que todos diziam ser um mistério continuar a viver. Aos três anos ainda não andava e dava mostras de grande fragilidade. No tempo das “amoras”, um senhor, namorado de uma tia, pegava-o pela mão e dizia-lhe: “anda meu menino, és tão fraquinho que pareces um mistériozinho, anda apanhar amoras”. Todavia, o nome ficou, e o “mistériozinho” tornou-se um homem robusto, dono de um dom inigualável e de uma imaginação fértil. 
Filho de mãe solteira, foi criado pela avó materna, Rosa Gonçalves Lima, também ela barrista. 
Inicialmente, fazia coisas simples, juntamente com a sua avó, para vender na feira em Barcelos. Peças que retratavam a imaginação infantil e faziam notar a ausência de experiência na arte de moldar o barro, mas que tinham grande aceitação junto do público pela originalidade das formas. 
Começou a mexer no barro com mais afeição e determinação, aos 12 anos, graças à sua Tia Teresa, vulgo Teresa “Carumas”, também ela barrista consagrada deste concelho. 
Não chegou a frequentar a escola. A necessidade de trabalhar cedo não lhe deixou tempo para isso. Contava que sabia assinar o seu nome porque, um dia, alguém o escreveu e ele decorou-o. 
Para ganhar dinheiro andou pelas feiras a vender louça por conta de outrem. Mas, rapidamente, percebeu que o melhor era produzir as próprias peças, já que era constantemente procurado por pessoas que lhe perguntavam pela loiça que muito admiravam na época em que fazia a feira semanal com a avó. 
Casou, no dia 4 de Março de 1944, com Virgínia Coelho Esteves. Desta união nasceram doze filhos. Todos colaboravam diariamente neste trabalho que era o sustento da família. Enquanto os rapazes ajudavam na modelação de peças, as raparigas, juntamente com a mãe, dedicavam-se à pintura das mesmas. O processo de trabalho era o mais artesanal possível. As peças eram modeladas e pintadas manualmente e a cozedura era feita em forno a lenha. 
Mistério fez uma imensa variedade de figurado. Em todas as peças que criava depositava um toque de ironia. Inspirava-se naquilo que o rodeava. Abordava temáticas como o mundo rural, reproduzindo matanças do porco, juntas de bois e animais diversos. Criado numa família profundamente religiosa sofreu também influências desta índole, espelhadas nas alminhas, santos populares, presépios, Reis Magos, Ceias, Nascimento e Morte de Jesus. Também criou figurações do universo fantástico com fortes componentes satíricas, como por exemplo, o Diabo com Forquilha. Produziu ainda modelos tradicionais da região de Barcelos como pombais, apitos e rouxinóis, peças que ainda marcam a identidade do artesanato local. 
Com uma panóplia de cerca de 600 criações diferentes, ensinou a sua arte a crianças em várias escolas. 
Ganhou o primeiro prémio no III Salão de Artesanato do Casino Estoril com a peça Procissão Minhota, em 1983. Fez várias exposições por todo o país e também no estrangeiro como em Madrid e Vigo. 
Faleceu a 24 de Março de 1995, com 73 anos de idade, este vulto do figurado português. 
A sua herança e obra, para engrandecimento da arte popular barcelense, continua a emanar das mãos dos seus filhos e a recolher as colorações e pinturas de Virgínia, sua esposa, recentemente falecida, com a singeleza e arte que ele lhes legou.
(In C. M. Barcelos)

12/07/2014

Histórias do barro VI


Ana Lopes Gonçalves Valada, vulgo Ana “Baraça”, nasceu, em (Galegos Santa Maria), a 26 de Maio de 1904.
Filha de Manuel Valada e Luísa Lopes, memoráveis artesãos deste concelho, começou a fazer “bonecos” muito cedo. Com sete anos fez as primeiras peças, principalmente galinhos, e aos 15 já colocava as suas próprias criações no forno do pai. 
Na feira de Barcelos, juntamente com os seus pais, vendia o pequeno e modesto figurado a 10 réis cada peça. 
Devido às dificuldades económicas viu-se, temporariamente, afastada do barro quando foi servir na lavoura, até aos dezassete anos. Esta razão influenciou bastante as temáticas e estéticas que, mais tarde, utilizou nas suas criações. 
Casou, a 28 de Maio de 1935, com Manuel Pereira, também ele oleiro e rodista. É deste casamento que surge o apelido “Baraça”. O seu marido, quando era solteiro, tocava viola nas romarias das freguesias, instrumento que enfeitava com “baraças” (tiras em tecido) que ficavam penduradas e que chamava a atenção dos viandantes. Também porque usava uma “baraça” nas calças no lugar de um cinto. O apelido “pegou” e, indexado a “Ana”, consagrou-se no artesanato barcelense. 
Depois de casada, dedicou-se à feitura de galos, durante cinco anos, que pintava cautelosamente com a ponta de um prego, método que manteve em segredo bastante tempo. 
Após um parto complicado, que a deixou com a saúde debilitada, abandonou a produção de galos e retomou, definitivamente, o figurado. Tornou-se uma das maiores criadoras deste tipo de artesanato na região com peças, essencialmente, ligadas à agricultura, tais como juntas e carros de bois e arados. 
Modelava tudo o que a rodeava, de uma forma terna, mas carregada de simbolismo e expressão única. 
Os seus métodos de trabalho eram puramente artesanais e de uma grande singeleza. O barro tratado manualmente com a enxada, a criação das figuras feitas à mão, sem a ajuda de qualquer molde, o forno de cozedura bastante primitivo, em pedra e a lenha, a veracidade das suas pinturas manuais, muito coloridas e atractivas, foram elementos que caracterizaram a arte desta artesã. 
Figura tutelar do artesanato barcelense, referência artística, Ana “Baraça”, aos 81 anos, foi condecorada pelo Presidente da República, a 8 de Março de 1985, com o grau de Oficial do Infante D. Henrique, em homenagem à sua vida e obra artística. Ana “Baraça” era uma mulher alegre, com um sorriso permanente, irradiadora de uma confiança e autonomia incrível. 
Faleceu, a 27 de Março de 2001, com quase 97 anos, deixando para trás uma vida feita de “barro”. Deu ao figurado de Barcelos uma projecção única, só comparável à acção de Rosa “Ramalho” e Rosa “Côta”. 
A criatividade e simplicidade desta mulher do povo, campestre e humilde, marcaram uma expressão artística muito própria, ainda hoje referencial numa das famílias consagradas da arte popular – os “Baraças”, nome que ela própria imortalizou e legou ao artesanato local.
(In C. M. Barcelos)

11/07/2014

AVISO!



Limpeza


Sábado é dia de mais uma luta em prol da limpeza da freguesia.
Participa, junta-te a nós!









(imagens retiradas da página da Junta de Freguesia no facebook)

Imagens do trabalho realizado no passado sábado, 4/7/2014, nos Lugares do Eirôgo, Cabanos e Cachadinha.

10/07/2014

Aniversário

                                        

Hoje, o Agrupamento 618 de Galegos Santa Maria faz 37 anos de existência.
Muitos parabéns a todos os escuteiros da nossa freguesia pela bela missão que assumem com compromisso.
"O Escutismo é um movimento cuja finalidade é educar a próxima geração como cidadãos úteis e de vistas largas. A nossa intenção é formar Homens e Mulheres que saibam decidir por si próprios, possuidores de três dons fundamentais: Saúde, Felicidade e Espírito de Serviço".
(retirado do facebook)

09/07/2014

Histórias do barro V


Natural de Galegos (S. Martinho), Maria de Jesus Fernandes Coelho, popularmente conhecida por Maria “Sineta”, nasceu a 6 de Abril de 1915.
Seus pais, Manuel Lopes Fernandes, jornaleiro, e Júlia Duarte Coelho, costureira, faziam figurado aos serões. Foi com eles que aprendeu os encantos da arte.
O apelido “Sineta” surgiu porque o seu pai, durante muitos anos, foi o tocador do sino da Igreja da freguesia de Galegos (S. Martinho).
Com um imaginário fantástico sempre presente na sua vida, fez as primeiras peças por volta dos sete anos. 
Perante as dificuldades da vida, aos doze anos, saiu de casa para servir em moradias senhoriais. Mais tarde, voltou para casa de sua mãe que adoeceu, e ela, a mais velha de três irmãs, teve que cuidar da família, como era tradição da época. 
Casou com quase 20 anos, a 13 de Fevereiro de 1935, com António Faria da Rocha, oleiro e filho de Domingos “Côto” e continuou a fazer “bonecos”. 
Do seu inumerável figurado, destacaram-se peças alentadas nos mistérios deste país, como por exemplo as “Repúblicas” – “mulheres ou bustos femininos cujo vestuário era inspirado nas cores da bandeira nacional”. Também fez outras figuras, especialmente retratos da vida quotidiana do seu tempo. 
Durante anos apregoou a sua louça pelas ruas do Porto onde chegou a fazer grandes caminhadas, sempre muito carregada. 
As histórias que contou aos “seus” sobre as suas andanças ainda perduram na memória de todos. 
Maria “Sineta” era uma mulher muito divertida e de uma alegria contagiante. Sempre muito conversadora e festeira, gostava de dar nas vistas com as suas roupas coloridas. Lenços e saias de cores fortes eram parte do vestuário que não dispensava. 
Diz quem a conheceu, que a sua louça reflectia a sua forma de ser bastante pândega e pitoresca. 
Foi a 10 de Março de 1996, aos 81 anos, que desapareceu esta referência do artesanato local e com ela um estilo singular de interpretar a vida e a arte popular.
(In C. M. Barcelos)





08/07/2014

Histórias do barro IV



António Faria da Rocha, ou António “Côto”, nasceu em Galegos (Santa Maria), no lugar de Santo Amaro, no dia 15 de Maio de 1913.
Do seu pai, Domingos “Côto”, herdou o talento de criar através do barro, dando forma à sua imaginação.
Começou a arte em tenra idade. Simultaneamente, com os irmãos, ajudava os seus pais na modelação de louça à roda e de pequenas peças de figurado.
Casou com Maria “Sineta”, ilustre artista do figurado barcelense. 
Começou por trabalhar como rodista. Infusas, cântaros e canecas são apenas alguns exemplos característicos da olaria rústica, o tipo de artesanato que melhor fazia. 
Também ajudou a sua esposa na produção de figurado. António “subia” à roda os “cascos” dos galos que Maria “Sineta”, depois, embelezava e aprontava à sua maneira. 
Talvez, influenciado pelos trabalhos da mulher, mais tarde, deu forma a uma série de criações próprias, ao nível do figurado, dando corpo à sua imaginação. Inspirado por cenários da vida diária, nelas empregava um carácter forte, indicativo da sua rigorosa personalidade. 
Faleceu, a 24 de Setembro de 2000, em pleno despontar do Outono. 
O seu nome e legado são, ainda hoje, actuais no contexto do artesanato local.
(In C. M. Barcelos)