Eu digo NÃO!

Em defesa da língua portuguesa, o autor deste blogue não adopta o "acordo ortográfico" de 1990 por este ser inconsistente, incongruente e inconstitucional, para além de, comprovadamente, ser causa de crescente iliteracia em publicações oficiais e privadas, na imprensa e na população em geral.


31/03/2009

Mais um artesão.

João Gonçalves Ferreira nasceu a 17 de Julho de 1958, na freguesia de Galegos Santa Maria, concelho de Barcelos, onde actualmente reside no Lugar da Igreja. Cresceu no seio de uma família com aguerridas tradições oleiras, onde aprendeu as mais ancestrais técnicas de trabalhar o barro. Toda a sua infância e adolescência são dedicadas a trabalhar no barro. Aos 21 anos, abandona as lides familiares e emprega-se numa empresa cerâmica. Trabalha mais de 26 anos na indústria cerâmica, sem abandonar por completo o seu gosto por moldar pequenas peças em barro, à imagem do que fazia na sua juventude. Em 2004, abandona a indústria e fica sem ocupação profissional. Nessa altura assume em definitivo a sua paixão e começa novamente a “brincar” com o barro e a fazer pequenas peças que fazem recordar o “figurado” do antigamente. A partir desta data não mais parou. Possui já um espólio bastante numeroso e diversificado de peças de figurado. Numa primeira fase, dedicou-se a recuperar figuras do artesanato barcelense que deixaram de aparecer nas criações do artesanato local, como os pássaros sobre troncos de árvores e outras que se destacavam no figurado, aquando da sua infância. Actualmente, em virtude das inúmeras solicitações, no seu espólio pontificam peças como os tradicionais carros de bois, os galos, as imagens do mundo rural, as profissões, a sátira e as figuras do quotidiano local. Contudo, distinguem-se das demais peças desta arte por terem um cunho muito pessoal e serem equiparadas às que em jovem aprendeu a confeccionar. Entre a sua obra, destaca-se a representação que faz do galo de Barcelos. O galo jogador, o galo cozinheiro, o galo agricultor, a família de galos, os galos namorados, são algumas das formas que podemos encontrar entre o vasto espólio deste artesão barcelense.
Para mais informações aceda aqui.
Compilado com base numa reportagem retirada do jornal Voz do Minho de 15/02/2006, autora Fátima Vilaça.

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